Galera daqui a pouco analise contarei uma das lendas mais amadas de todo Japão mais agora Fan fic

Classificação: +18
Categorias: Originais 
Gêneros: Ecchi, Hentai, Romance
Avisos: Nudez, Sexo, Shotacon/Lolicon

Autoras: belle_epoque e Storyteller
Fonte: Nyah Fanfiction

O ultimo Prazer



              Ano 1758,
Cidade de Conte De Fées

A pequena cidade de Conte De Fées, no interior da França, estava coberta por uma espessa camada de neve. Faltavam apenas alguns dias para o natal, e o clima do inverno já predominava e a pequena cidade parecia a própria casa do papai noel, toda enfeitada para uma das mais felizes e legais comemorações do ano.
Isabelle andava com empolgação em direção à solitária mansão que ficava isolada da cidade, cercada por uma floresta conífera. Poderia ser até um problema se o dono da casa não houvesse ensinado o caminho para a garota quando eles viraram amigos.
Pode parecer estranho.
Que tipo de pessoa moraria em uma casa isolada da cidade?
Mas também, que tipo de cidade se chamaria Conte De Fées?
Quando a garota chegou ao portão o seu vigia sorriu gentilmente o abriu. Isabelle era como se fosse da casa. Quando ela vinha para visitar o seu patrão, os empregados sorriam, e eram gentis. Não que isso fosse completamente estranho, já que ela era alguém que naturalmente era amigável com todo mundo.
Lembrava-se de quando uma vez ela escutara comentários maldosos sobre ele...
– Você o viu?
– Ouvi o quê?
– Eu não falei “ouviu”, falei “o viu”. O homem que mora no casarão ali.
– Não. Parece que ele nunca saí de casa.
– Me disseram que ele era feio. Quase que a reencarnação do próprio diabo. Cheirava à enxofre, tinha a pele escamosa, cabelos vermelhos como o fogo do inferno e olhos brancos!
Isabelle quando o ouviu ficou intimada, afinal, na época ela ainda não o conhecia e fazia de tudo para ficar longe dele e de sua casa, assim como o seu pai lhe mandara fazer. No entanto, quando ela andava pela floresta, colhendo flores para um arranjo para por no túmulo de sua mãe, ela machucou a perna.
– Inferno – blasfemara, levando a mão à boca, envergonhada, em seguida. Não era assim que uma dama tinha que falar. - Maldita sorte esta que me persegue. Por acaso eu atirei pedra na sagrada cruz?
Talvez, Isabelle ter sido criada entre cinco homens, não deveria ter sido muito bom para o seu palavreado. Sim, cinco homens: seu pai (Jean Paul), seu irmão mais velho (Thimoty), seu irmão gêmeo (Richard), seu primo (Pietro) e seu outro primo (Dominik). E como sua mãe morreu quando ela tinha somente catorze anos, bem, digamos que ela nunca soube como se portar direito em uma sociedade.
Na verdade, seu pai anda até preocupado para quando a sua filha arrumar um marido. Não que ainda estivesse na hora, ela tinha catorze anos, mas em breve, dentro de um ano ou dois, ela já estaria na idade de arrumar um marido e o dote de Isabelle já era bem pobre por viver em uma família de camponeses, ela tinha que no mínimo ser agradável e uma boa esposa para arrumar um homem decente.
E, pela primeira vez, ele sabia que só o rostinho bonito de Isabelle não iria ajudá-la.
Bem, Isabelle não pretendia se casar tão cedo, para o desespero do seu pai. Na verdade, Isabelle poderia até se acomodar em ser uma solteira. Com todas as experiências de que tipo de bixo são os homens, ela ficou até com medo de se casar com alguns deles.
Seu pai é um beberrão que não suporta viver sem sua falecida mulher, Marie (mãe de Isabelle). Seu irmão, Thimoty, é um homem sanguinário que sente prazer em abater os porcos que o seu pai cria. Richard é um garoto muito afeminado, para o desespero de Jean Paul que quer que ele vire homem. Já Pietro e Dominik... Bem, eles são duas pestes!
Mas Isabelle não queria se casar...
... Até aquele dia. Até ele aparecer como um anjo.
– Tudo bem, senhorita? - ele havia indagado.
Isabelle, ao invés de responder, deu um pulo de susto.
Ela não esperava encontrar outra pessoa andando ao redor da floresta, que alguns diziam até ter lobos e ursos, e que não fosse um caçador. Talvez ele até fosse, mas sua aparência não o dizia. Para começar, ele tinha cabelos como cobre (que não era nem vermelho e nem castanho, era uma mistura dos dois), seus olhos eram cinzentos, quase prateados, mas não eram brancos, e sua pele... Sua pele parecia macia e lisa, livre de quaisquer imperfeições, e, o mais importante, ele não cheirava à enxofre, na verdade, ele tinha um cheiro desconhecido para Isabelle.
– A-acho que sim – ela respondeu gaguejando, e corando violentamente. - Eu caí e acho que machuquei o tornozelo.
Ele se aproximara e, Isabelle não pôde deixar de reparar, como ele tinha um andar elegante. Usava uma calça comprida de um tecido grosso, junto com um casaco de inverno de couro de algum animal que Isabelle não conseguia identificar qual era.
Ele se ajoelhou ao lado dela e levantou um pouco a barra da saia.
– Oh, sim, está vermelho e inchado. Se não colocar uma compressa gelada, vai acabar ficando roxo – ele dissera como se fosse um médico.
– Você é um médico por acaso? - ela perguntou com petulância.
Ele olhou para ela com espanto.
– Não, mas eu já machuquei o meu tornozelo inúmeras vezes quando eu era só um garoto – ele respondeu.
Isabelle não quis dizer nada, mas ela também já machucara o seu tornozelo inúmeras vezes (até o grau de ele pedir misericórdia), e ela sabia exatamente como tratar.
– Minha morada é aqui perto. Vamos lá e eu tento dar um jeito nesse seu tornozelo – ele ofereceu se pondo de pé e oferecendo a mão à ela.
Mas ela não pegou.
Olhou-o com um olhar desconfiado.
– O que foi?
– Nada. É só que é muito suspeito que, no meio do nada, você aparece e me oferecer ajuda e depois convida-me à ir até a sua casa – respondeu. - Sem contar que eu nunca te vi pelas redondezas antes.
Ele revirou os olhos em um gesto de impaciência.
– Pelo amor de Deus, não é como se eu fosse me aproveitar e desonrar uma criança como você. E se eu nunca apareci por aqui antes, é porque eu não tenho o costume de ir até à cidade. É mais cômodo para mim que meus criados o façam.
Isabelle não sabia se ela ficava brava por ele ter dito “não é como se eu fosse (...) desonrar uma criança como você”. Talvez no fundo ela quisesse ser desonrada por aquele homem de beleza exótica. Caramba! No que ela havia acabado de pensar. Isabelle, você é uma garota de família!, brigou consigo mesma, repetindo aquilo que o seu pai sempre falava.
Criados?
Então ele deveria ser rico. Sim, pelo modo com que ele sempre se vestia, só poderia ser isso mesmo. Ele deveria ser um burguês que nadava em dinheiro, ou, até mesmo, um nobre. Claro que era quase impossível, o que um nobre estaria fazendo naquela pequena cidade? Na verdade, nem cidade era. Era uma aldeia isso sim.
Ele suspirou e a pôs em pé. Oferecendo o braço para que ela tivesse algo a que se apoiar.
A desconfiança surgiu novamente nos olhos dela e el revirou os dele.
– Já disse que eu não vou abusar de uma criança como você! Gosto de mulheres.
– Eu sou uma mulher! - ela disse ofendida.
– Talvez eu tenha me expressado mal, eu gosto de mulheres de verdade.
– Estás dizendo que eu sou um homem disfarçado de mulher, por acaso?
– Eu nunca disse isso.
– Pois é o que me dá à entender.
– Então você é tão inteligente quanto um asno. Então, deixe-me reformular mais uma vez: eu gosto de mulheresmaduras.
– Ah...
Claro, quantos anos ele deveria ter? Vinte e... sete? Vinte e cinco?
O que ele veria numa garotinha como ela?
Sim.
Por mais que Isabelle estivesse secretamente apaixonada por ele nos dias atuais, ela sabia que nunca iria interessar à ele. Afinal, ele nunca sequer cortejou-a, e chance ele teve para isso. Muita chances. Desde que eles se viram pela primeira vez, há três anos atrás, ela praticamente não deixou a casa dele e nem o deixou em paz.
Não que ele não gostasse das visitas dela, que começaram com uma desculpa comum de “esqueci minha capa”, e depois ele praticamente a convidara a vir muitas vezes, já que ele era solitário e não tinha muitos amigos. Ele disse que era bom ter uma garota tão animada quanto Isabelle como companhia.
Depois deste comentário, deixá-lo ficou quase impossível.
Ela soube de quase tudo da vida dele, até que ele era o Duque de Normandia e que seus pais o mandaram para aquela “casa de veraneio” - sim, aquilo era uma casa de veraneio para a família dele – porque ele andou sendo um pouco irresponsável e rebelde ultimamente. Queriam acalmá-lo um pouco. Como se faz como um animal.
Isabelle não comentou, mas ela não gostou nada disso.
Alexander também não gostava muito de seus pais. Ele mesmo falava mal deles. Vivia dizendo que a mãe era uma interesseira e que o pai é um safado que sai com várias mulheres. Mas que mesmo assim ele os amava porque eram os pais dele.
No entanto, para a surpresa dela, ela mal havia entrado na casa e encontrou alguns baús depositados no vestíbulo. Depois dessa observado, e um medo crescente no peito dela, ela nem sabia se deveria ou não tirar a capa azulada que ela costumava usar no inverno.
– Oh, bom dia senhorita Rêveur – cumprimentou-lhe Aaron, um empregado.
– Aaron... Para que são esses baús? - ela perguntou quase assustada.
Ele ficou com uma expressão que era um perfeito interrogação. A testa com rugas, o nariz fino dele, e a boca não passava de um ponto pensativo.
– A senhorita não sabe? Amanhã o senhor Alexander voltará para Paris – ele respondeu.
– Amanhã?! E quando é que aquele asno ia me contar isso?! - ela ficou ultrajada e saiu quase correndo em fúria do vestíbulo. - Alexander! Alexander! - chamou-o subindo a grande escadaria que a levaria para o segundo piso.
Encontrou-o parado no meio do seu quarto, vendo mais um homem levar o seu baú.
– Oh, bem que só podia ser você. No mundo todo, existem apenas duas pessoas que usam esse tom comigo: você e a minha mãe – ele disse rindo.
– Então você vai para Paris... amanhã?! - ela disse irritada.
Na expressão dele, mostrou-se a culpa. E ele abaixou a cabeça como se estivesse se declarando culpado. Ele fez um gesto bem discreto para que os empregados os deixassem conversar, Isabelle percebeu. E os empregados, claro, foram.
– Quando você ia me contar? Não, não, quando você ia parar de me fazer de burra?! - ela inquiriu espumando de raiva. - Sabe que dia é amanhã?! É natal! E ia fazer quatro anos que nos conhecemos...
– Isabelle...
– Não, não diga nada! Estou com raiva de você. Quando você pretendia me contar que partiria? Quando já estivesse subindo na carruagem? Ou melhor, quem sabe quando eu me desse ao trabalho de vir aqui como uma criança boba e me deparasse com a casa vazia?! - ele ficou calado. - Diga alguma coisa!
– Isabelle eu...
– Não. Quer saber esqueça! Eu vou me retirar daqui. Vou me retirar tanto daqui quanto da sua vida, assim você pode ir sem problemas e rindo da minha cara depois de ter brincado com meus sentimentos! - ela disse se virando para ir em direção à porta.
Nunca foi mistério para ninguém que Isabelle estava apaixonada pelo Duque. Os empregados já haviam notado isso, até os camponeses da vila sabiam que ela gostava dele, mesmo que ele nunca houvesse sequer saído do seu castelo de veraneio. É claro que ele também sabia. Isabelle era tão inocente que ao invés de esconder seus sentimentos, apenas sabia como deixá-los cada vez mais evidente. Talvez porque ela fosse muito amável com todos.
Alexander sempre fora mais rápido do que ela e a segurou antes que ela se aproximasse da saída. Nos olhos dela, ela viu medo. Mais do que medo, dor.
– Isabelle, eu não estava brincando com os seus sentimentos ou te fazendo de idiota – ele se apressou em dizer.
– Pois é o que parece – ela respondeu cruzando os braços, com mágoa.
– É que... Meu pai me enviou uma carta. Ela chegou hoje. Ele está mal de saúde, mas, como já está escurecendo, partirei apenas amanhã cedo.
– Ah – ela corou pela cena de ciúmes e mágoas de agora a pouco. - Então você vai para Paris porque o seu pai está doente é? Melhoras para ele.
Ele riu pela tentativa dela de parecer mais solidária com os problemas dele.
– Obrigado, eu darei o seu recado à ele – disse mais aliviado por ela ter se acalmado e se sentando na cama, Isabelle sentou-se no chão à frente dele sem muitas cerimônias.
Alexander surpreendia-se com a simplicidade dela.
Na verdade, ele gostava do jeito dela. Do jeito com que ela era capaz de mudar rápida e repentinamente de sentimentos, do jeito com que ela não tentava parecer falsamente elegante na frente dele, do jeito com que ela o tratava com intimidade... E havia algo de acolhedor e de segurança no olhar e no sorriso dela.
Sem que percebesse, ele foi se apaixonando por ela também.
– Você acha que, algum dia, eu vou me casar? - ela perguntou de repente.
– Por que essa pergunta? - ele indagou assustado. - É claro que você vai se casar. Você tem muito tempo para achar um homem ainda.
Ela fez um beicinho.
– Eu sei, mas é que... - eu tenho medo de não conseguir te esquecer, foi o que ela pensou em dizer, mas não teve coragem. - Thimoty me disse que eu intimido os homens da vila. Eu particularmente não acho, mas ele disse que tem até medo de mim... Ele disse que todo mundo fica dizendo que eu sou louca.
– Não se preocupe; quem ama o feio, bonito lhe parece – ele disse tentando que soasse reconfortante.
Mas Isabelle não viu desta forma.
– Você está me chamando de feia é?!
– Não. Eu não quis dizer isso!
Na verdade, ele sabia que Isabelle estava bem longe de ser feia.
Ela ainda tinha um rosto de criança, mas era um rosto tão lindo que ela ficava parecendo um anjinho. Tinha cabelos longos (até a sua cintura) negros cheios de cachos fartos, com uma franjinha cortada até suas sobrancelhas quase retas que lhe davam um ar sereno, com os olhos grandes e expressivos cujos cílios curvos, negros e espessos regiam aquela esfera intensa e brilhante azul claro. Os lábios pequenos e rosados, assim como as bochechas dela, e o nariz pequeno e arrebitado, combinando com o rosto em formato de coração.
– Eu só quis dizer que, se a pessoa realmente te amar, você não terá defeito para os olhos dele – ele se explicou. - Quer dizer, veja só, você grita muito, explode com facilidade, mas isso não te torna assustadora. Para mim, isso só te torna mais divertida e única.
Isabelle corou quando o viu falando daquele jeito com ela.
Com tanto carinho.
Involuntariamente, o coração dela se encheu de esperanças.
– Única? - perguntou corando.
– É. Uma particularidade sua. Nenhuma mulher mais teria.
Ela olhou para ele, e, para a sua surpresa, ele estava olhando-a de volta. Os olhares um e do outro ficaram presos como se por magnetismo. Ela não conseguia desviar, assim como ele também não era capaz de fazê-lo. E ambos ficaram em um silêncio constrangedor. Talvez nem tanto.
Constrangedor foi quando ele lhe tocou a face com a sua mão e ela fechou os olhos sentindo um leve formigamento se estender por sua pele e rosto, junto com uma sensação quente. Ela corou.
Aquilo era um sonho?
Alguém queria fazer o favor de beliscá-la.
Ou melhor. Não fizesse nada. Apenas deixasse-a sonhar mais um pouco.
A mão em suas faces deslizou para a sua nuca e puxou o rosto dela para de encontro com o rosto dele. Alexander poderia se sentir um canalha mais tarde por realmente brincar com os sentimentos dela, mas queria que isto fosse deixado para mais tarde.
Por que, ele havia percebido, ele a amava.
Quando os lábios de ambos se tocaram, foi como um choque. Um solavanco de emoções se romperam e explodiram dentro de ambos. Foi apenas um roçar lento e suave de lábios, mas os efeitos nos dois apaixonados, foram quase catastróficos.
Isabelle entreabriu os lábios dela e gemeu esperando por uma profundidade maior dos sentimentos dele. Ele sorriu e o fez. Deu leves beijinhos sobre os lábios dela, e depois abriu seus lábios para deixar a sua língua entrar na boca dela. Isabelle não sabia o que fazer, tanto com a sua própria língua quanto com os braços dela, já que um estava envolto da cintura dela e outro estava em sua nuca.
Ela resolveu tentar não se preocupar com a sua falta de experiência e se entregar aos sentimentos do momento.
Suas mãos foram para os cabelos dele, enquanto ela sentia a língua dele dar casuais tocadas na sua. Era tão... Macia, aveludada e doce. A saliva dele mesclada com a dela parecia uma ideia nojenta na cabeça dela, mas ela nunca pensou que fosse tão prazeroso até o ponto de fazê-la se arrepiar por completo.
Ajoelhada entre as pernas dele, que continuava sentado em sua macia cama, ele a afastou ofegante quando a falta do ar ficou quase insuportável.
A falta do ar ficou tão insuportável quanto a consciência dele.
– Sinto-me um canalha – ele resmungou. - Isso é errado.
– Alexander... - Isabelle murmurou com os lábios entorpecidos. - Eu não me arrependo. Esses anos foram divertidos e prazerosos para mim. Por favor. Dê-me este último prazer, antes de você ir.
Ele olhou para Isabelle indecifravelmente. Ela queria saber o que estava se passando na cabeça dele. O olhar dele estava distante. Perdido nas feições dela. Ela tocou no joelho dele para chamar-lhe a atenção. Não parecendo ter a ideia de o quanto, no estado dele, aquilo fora excitante.
Ou talvez ela tinha.
– E-eu não posso – ele gaguejou se levantando da cama e se afastando dela.
Aquela garota, aqueles lábios, aqueles olhos... Céus! Até aquele corpo, ainda ia levá-lo à loucura. Iria levá-lo à perdição. Ele se encostou à grande janela de seu quarto como um animal tentando fugir de um predador em potencial. O que Isabelle estava bem longe de ser de verdade.
– Eu não posso fazer isso com você. Você tem dezessete, eu tenho trinta... Você é praticamente uma garota! - ele comentou nervoso.
– Oh, que bom que notou que eu sou uma garota – ela disse cruzando os braços. - Por quê?Você costuma beijar muitos garotos por aí?
Ele olhou para ela com um olhar confuso.
– Isabelle, está não é a questão! Eu... Eu não posso bancar o canalha. Não justamente com... Com você – ele disse bagunçando os seus cabelos.
Ela se levantou do chão e andou até ele.
Iria torturá-lo.
Iria torturá-lo até ele aceitar se render à essa paixão que, ela percebeu, ele também sentia.
Ela se aproximou até ficar à apenas alguns centímetros dele e mordeu os lábios. Sua mão foi para a nuca dele e ela puxou os cabelos ralos e curtos que tinha ali. Ele gemeu semicerrando os olhos como um gatinho. Ela passou as unhas de leve por ali e o sentiu enrijecer enquanto seus pelos se arrepiavam.
– Pare – ele pediu com a voz fraca.
Mas ela não quis parar.
Ela ia ser má com ele. Do jeito que ele não queria ser mal com ela.
Ela o puxou pelo colarinho da camiseta branca e o empurrou da cama. Ele caiu sentado sem muita relutância com os olhos presos ao dela. Isabelle viu: ele não queria que ela parasse. As mãos dela foram aos os botões de sua camisa e, milagrosamente, ela desabotoou à todos, um de cada vez, sem se atrapalhar.
Vendo a bela fisionomia de seu abdômen revelada. Ela passou as unhas de leve nos espaços divididos de seu corpo e quase tentada a seguir o caminho pecaminoso traçado por pelos ruivos em seu abdômen que resultaria no membro já ereto e duro dentro das calças de Alexander. Ela segurou a vontade que sentia, e tirou a camiseta dele.
Revelando aqueles formidáveis braços, os quais ela arranhou ao longo de sua extensão.
Ele gemeu, e ela sorriu satisfeita.
Alexander olhou para ela.
– Isabelle, é melhor pararmos. Eu não quero te magoar...
Ela bufou para ele e se ajoelhou no chão, entre as pernas dele e começou a tirar a calça dele, sem muita paciência, assim como ela já tinha tirado os sapatos.
– Isabelle... - ele tentou para-la, mas ela não queria ser parada.
Depois de tê-lo despido ela voou em cima dele. Ela ainda estava de roupa, ainda não queria que ele lhe tirasse a virgindade. Só queria provocá-lo bastante. Ela se sentou no colo dele, de pernas abertas para o seu tronco e ela pôde ver o susto brilhando em seus olhos.
– Eu quero que você seja um canalha comigo, Alexander – ela murmurou com a voz felina e impaciente. - Quero que você seja um canalha e que me faça gritar por seu nome e por mais à cada estocada que você der dentro de mim – ela passou os braços pelo pescoço dele. - Você não sabe como é esperar tanto por uma coisa e ter-se até medo de perder. Eu nunca arrisquei antes por ficar pensando “O que ele veria em mim? Sou uma criança”, mas agora eu vi. Vi que você me quer tanto quanto eu te quero. E sei, tanto quanto eu sinto, que você me quer agora.
Enquanto ela falava, os olhos dele se vidraram nos dela.
Ela sorriu e beijou o seu pescoço. Ele gemeu. Ela então mordiscou passando os dentes levemente na sua pele macia, e ele abraçou o corpo dela sobre o dele. Sim, ela estava seduzindo-o por aquela tarde. Por aquela tarde, ele seria dela.
Ele a desceu do colo dela e se levantou.
Ela olhou confusa e frustrada para ele.
– Não vamos conseguir fazer nada se você não tirar a sua roupa – ele sussurrou ajudando-a a tirar a roupa dela.
Ela sorriu e se jogou nos braços dele.
Agarrando-o e beijando-o com sede. Sede do hálito dele e sede de sua saliva. Ele tirava as roupas dela como se fossem as roupas mais fáceis de despir que ele já havia visto. Até que ela estivesse gloriosamente nua à sua frente.
Gloriosamente, com certeza.
Seu corpo era tão proporcional... Seus quadris quase da mesma proporção que seus seios fartos, sua cintura fina, suas pernas roliças... Ela ficou vermelha quando se viu sobre o olhar faminto dele, mas isso era apenas comum depois de ter-se atiçado o leão.
Sim, certamente, Alexander se parecia com um leão.
Tão imponente...
Ele a virou na cama e ficou por sobre ela. Beijando seus lábios, seu nariz, seus olhos, descendo perigosamente pelo pescoço dela, onde ele chupou a fina pele e mordiscou-a. Parecido como ela havia feito com ele. E ela sentiu. Sentiu seu corpo estremecer ao senti-lo fazer aquele carinho, tanto quanto sentiu seus pelos se eriçarem.
Ela suspirou no ouvido dele e gemeu quando seus lábios desceram para os seios dela.
Ele a ergueu levemente da cama e pôs um daqueles picos doces em sua boca. Eram tão perfeitos. Tão bem esculpidos, tão redondos e firmes que ele não pode se conter em não apalpá-los. Não quando queria ter certeza de que aquela perfeição era real e que estava bem ali. Uma em sua boca, e outro em sua mão.
Pareciam terem sido perfeitamente feito para ele. Sob medida. Somente esperando pelo momento de ele agir como qualquer homem de sua espécie e tomar aquela jovem como sua. Ele roçou a ponta de sua língua na ponta do mamilo dela, e depois circulou a aureola dos seios com a mesma, e o sugou. Sugou de uma maneira que os gemidos de Isabelle ficaram altos, e as unhas dela enfim arranharam-no com força e selvageria.
A outra mão em seu peito massageava com pressões leves, depois pegava o mamilo dela e brincava com ele. Passando o dedão por em cima do mamilo rosado e as vezes o puxava com leveza. No corpo de Isabelle, era como se ele estivesse energizando-a com seus carinhos. Como se ele estivesse conectando-a à ele e como se correntes elétricas e fortes passassem por seu corpo como tremores.
Ela desceu suas mãos pela costa dele para as suas nádegas e as apertou. Ele gemeu contra o seio dela e olhou para o seu rosto com o dele próprio vermelho de ardente desejo. Ela jogou a cabeça para trás com a bela visão e gemeu, apertando mais uma vez a nádegas daquele que ela admirara por anos e cravando as unhas na pele macia.
Ele desceu os lábios pelo vão dos seios dela.
Um espaço branco que logo ficou marcado pelos beijos selvagens dele e por sua saliva.
As nádegas dele sumiram do alcance dela, mas em compensação as mãos dela subiram para a nuca dele e ficaram brincando com os cabelos ralos daquela área. Alexander circulou o umbigo dela com a sua língua afoita, e ela gemeu, puxando os cabelos dele. Ele acabou gemendo junto.
Mas o verdadeiro destino dele era aquele lugar.
O lugar onde regia o verdadeiro prazer de ambos.
O mesmo lugar o qual ele lambeu a entrada e ela gemeu. E ele soprou, e ela arfou. Pareciam que estavam em uma sincronia estranha. Ao pensá-lo, ele riu, e então acariciou-lhe ali com a língua. Fazendo o que bem entendia com aquela parte porque, ele esperava isso, ele queria que aquela parte fosse apenas dele e de mais ninguém.
Isabelle passou uma de suas pernas sobre o ombro dele enquanto se remexia e contorcia gritando por ele. Não somente por ele, mas sim por ele e seu vigoroso membro. Ele estava certo que, se ela continuasse puxando o cabelo dele daquele jeito, ele iria acabar calvo. Mas ele não temia. Se Isabelle gostasse de homens calvos, ele aceitaria deixá-la arrancar fio por fio de seus cabelos como fios de cobre.
Ele lambeu a parte interna da coxa dela e a fitou, no exato momento em que ela lhe olhava.
Ela não aguentava mais.
Precisava saber como era ter um homem dentro de si.
Não somente um homem, mas sim, como era ter ele dentro dela.
– Alexander... - ela o chamou com um olhar suplicante. - Eu não aguento mais. Preciso te ter dentro de mim agora.
Ele riu com sua urgência e a pegou em seus braços. Ele a sentou sobre suas pernas, com a sua delicada e virgem flor aberta para ele e puxou de encontro à ele. À ele e ao seu membro que pulsava por ela. Pulsava por ela e por suas loucuras.
Ela gritou quando o sentiu dentro dela.
Não só quando sentiu dentro dela como quando arrebentou a barreira de sua castidade.
Ela o abraçou sentindo o corpo tremer de dor e fez uma careta. Caramba, ela não sabia que doía tanto assim, porque a primeira parte tinha sido proveitosa para ambos. Ele abraçou o corpo dela e arredou os longos cabelos cacheados para o lado de seu rosto. Olhando fundo nos olhos cristalinos ele disse:
– Prometo que logo passa.
E enxugou a única lágrima que ela deixara cair, lambendo e beijando o rastro salgado que deixara pelo rosto angelical. Isabelle sabia que Alexander não era de promessas vazias, por mais raro que fosse entre nobres. Ela só se acalmou um pouco e a dor passou.
Ela beijou os olhos dele, o seu nariz e a boca dele. Uma leve carícia que era como se uma borboleta estivesse se preparando para voar em sua boca. Ele entendeu o recado. E envolveu a cintura dela com o seu braço direito, enquanto o esquerdo acariciou o seu rosto e as cascatas de seus cabelos arredados, e que ainda assim grudavam no corpo suado dela.
Ela abriu os olhos e olhou dentro dos dele.
Eram como nuvens nebulosas.
Névoas que nublaram os pensamentos de Isabelle.
Ele a estocou levemente e ela gemeu arqueando o seu esguio corpo e apertando as unhas no ombro dele. Ele sorriu ao vê-la fazer uma bela expressão parecida com a de um gatinho miando. Então ele estocou mais forte e mais fundo e ela se contorceu ainda mais de prazer. Corando, arfando e suspirando. Ele apertou o corpo dela contra o dele, sentindo melhor os mamilos rígidos contra o seu peito.
– Alexander – ela gemeu em seu ouvido, abraçando as costas dele. - Você não faz ideia de quanto tempo eu esperei para que você me desvirtuasse.
Ele gemeu ao ouvir a voz suave em seu ouvido e as mãos dele deslizaram por sua pele acetinada. Acariciando-a e apertando-a enquanto ele estocava lentamente com amor e carinho, mas isso não era o suficiente para Isabelle.
– Alexander, mais rápido... - ela gemeu – e mais forte, por favor.
O homem não viu como dizer não, muito menos como negar àquele pedido e o fez. A deitou na cama e se posicionou em cima dela. Começando a estocar com força e rapidez, vendo-a gemer embaixo de si e se contorcer a cada estocada forte e bruta. Ela não reclamava. Ela pedia por mais cada vez mais e gritava por ele.
Até que ela sentiu.
Como se fossem borboletas brincando no baixo ventre dela, ela sentiu uma pressão e logo estava sentindo o membro vigoroso do homem ser apertado pelas paredes da entrada dela. E quando ela chegou ao ápice...
Foi como se aqueles fogos de artifícios houvessem voltado, só que com mais intensidade.
Maiores, mais prazerosos...
Foi como se a gravidade se extinguisse e mais nada a mantivesse firme no chão. Foi como se a alma dela se desprendesse de seu corpo e sobrevoasse por vários lugares. Foi como uma enorme e indescritível sensação de alívio tomasse conta de seu corpo com um frescor que foi substituído pelo calor do corpo dele sobre o dela.
Ele havia chegado lá também.
E ambos ficaram um bom tempo em silêncio, normalizando suas respirações, até que ele disse com remorso:
– Eu não deveria ter feito isso.
– Não começa – pediu Isabelle entre golfadas de ar.
– Eu te desvirtuei...
Ela riu e depois gargalhou.
Ele não entendeu o porquê que ela estava rindo daquele jeito.
– V-você disse que não o faria! - ela explicou rindo. - Quando nos conhecemos você disse “Pelo amor de Deus, não é como se eu fosse me aproveitar e desonrar uma criança como você”
– Isso não tem graça – ele disse.
– Sim. Tem sim – ela respondeu rindo.
Ele não queria rir. Ele não queria aparentar que o assunto era menos sério do que realmente era. Alexander poderia ter dormindo com quase todos os tipos de mulheres, mas nenhuma delas eram virgens ou suas amigas como Isabelle era. Mas ele acabou não resistindo e se pegou contagiado pela risada dela.
Ele riu também.
– Sabe, eu não me arrependo – ela sussurrou para ele, em seu ouvido. - Isso foi... Incrível.
Ele olhou para ela e beijou os seus lábios.
– Não posso viver sem você – ele disse.
Isabelle o olhou assustada, com as bochechas pegando fogo.
Ele havia dito! Ele havia dito!
– Não pode?
– Não – ele respondeu acariciando o seu rosto. - Mas o problema é que nossas classes são diferentes. Você é uma camponesa e eu sou um duque. Se meus pais souberem... Ou se eles sonharem que eu estou apaixonado por uma garota sem um título nobre de Marquês... Eles me matariam depois de me deserdarem.
– Pensei que você fosse filho único – ela comentou.
– E eu sou. Mas mesmo assim meu pai iria me deserdar – ele respondeu.
– Bem... Pelo menos... Por essa tarde, você foi meu – ela murmurou tentando soar otimista. - E... Você me deu o prazer de passar os melhores dias da minha vida com você.
Ele olhou para o rosto dela e realmente só viu um sorriso ali. Sem nenhuma lágrima. Será que seria quase sempre assim com ela? Essa seria sempre a imagem que ele teria dela? Um bom coração e um belo sorriso? Não só isso, ainda tinha a sua espontaneidade e o seu amor pela vida.
Ela se levantou da cama e recolheu as suas roupas.
– Aonde você vai? - ele perguntou.
Ele pareceu triste ao dizer enquanto colocava as suas roupas:
– Para casa. Tenho que ir antes que escureça totalmente e eu não consiga encontrar o caminho de volta.
Alexander ia dizer que ela não precisava ir, mas ela sabia que precisava.
Ela se despediu dele com certa frieza e foi embora.
Depois que ele tinha comentado aquilo com ela, Isabelle caiu na sua e entendeu tudo: Alexander jamais deixaria de ser dela por mais de uma noite. Seu casamento com alguém como ela jamais seria aceito pela família dele e durante todo esse tempo ela se iludia jurando que eles viveriam felizes para sempre sabendo que ele era um Duque e ela era... nada.
Apenas mais uma pessoa no mundo.
O lado bom, era que ela ao menos tinha ótimas recordações dele... Claro, para fazê-la chorar quando ela cair em si que ele não vai mais vê-la ou tocá-la daquele jeito. Provavelmente ele se casaria com alguma mulher da mesma classe social que ele, fina e distinta, que deixará a família dele orgulhosa e saberá como tratar os sogros. Enquanto Isabelle...
... Bem, esta deverá permanecer no passado.
...
O dia se passou.
E ele tinha que ir embora da vila de Conte De Fées.
Isabelle olhava pela janela da sua casa, para a rua, e suspirava de tristeza.
Alexander poderia ter a sua fase “rebelde”, mas ele nunca tivera a coragem de ir contra a vontade de seus pais. Sem contar que, mesmo que ele aceitasse Isabelle como sua mulher, ela apenas o faria passar vergonha. Seu jeito de falar era terrível, o jeito de andar, simples e sem nenhuma elegância, os vestidos eram simples, e ela não sabia nem o básico da etiqueta...
Não tinha como eles darem certo.
Provavelmente para ele, ela era apenas uma paixonite. Deveria ser o clima naquela tarde. Sim, deveria ter sido o clima que fizesse com que ele sentisse desejo por ela...
Ela suspirou de novo.
– Suspiros poéticos e de saudades – disse o seu irmão.
Isabelle se voltou assustada para Thimoty, nem o havia visto entrar na cozinha.
– O que foi? O duque filho do satã te rejeitou finalmente foi? - provocou-lhe.
– Não, ele não me rejeitou – ela respondeu dando de ombros. Mal ele sabia que ele havia feito justamente o contrário de rejeitá-la: ele a havia amado! - Ele vai embora hoje.
– Ah, então nossa cidade vai deixar de ser assombrada pelo fantasma solitário de sei lá da onde? - ele comentou pegando uma maçã.
– Thimoty, sério, estou sem paciência – ela respondeu com um suspiro.
Ela não sabia donde vinha esse gênio chato e implicante de seu irmão. Ela acreditava que seria do seu pai, já que ele adorava fazer isso quando estava bêbado. Falando em beber, provavelmente Jean Paul deveria estar largado em algum canto da casa simples desmaiado sobre a própria poça de vômito, enquanto Pietro deveria estar tentando dar um jeito no seu "rosto feminino" e os dois pestes dos primos dela deveriam estar aprontando alguma palhaçada pela rua.
– Ah, entendo. Então você está suspirando pelos cantos porquê o seu princípe no cavalo branco vai embora - ele comentou sem muito interesse, lendo um livro e comendo a maçã. Pelo incrível que parecesse, Thimoty era alguém culto. - Bem, não se preocupe, você ainda vai ter a chance de se casar com Gerard, o caçador mais rico deste condado.
Isabelle estremeceu ao pensar em Gerard, o segundo homem que a aceita do jeito que ela é. Claro, porque ele sabe que, acima de tudo, Isabelle é fiel e ele queria uma mulher bem boba para ficar enfeitando a cabeça dela com belos pares de chifres tão grandes quanto os dos viados que ele caçava.
– Prefiro morrer solteira - a resposta saiu quase com instantaneidade.
Ele riu.
– Esta é uma opção válida – ele respondeu.
Isabelle riu com sarcasmo e alguém bateu na porta.
– Vá abrir a porta – ela mandou.
– Vá você abrir a porta – ele retrucou colocando os pés em cima da mesa.
– E porque eu deveria abrir a porta? - ela retrucou.
– Porque, um, eu sou o mais velho, dois, você é mulher. Agora vá abrir a porta.
Isabelle resmungou um palavrão que escutara quando ouviu uma conversa de seus irmãos com os amigos deles e foi em direção à porta, sem antes gritar:
– E tire seus pés de cima da mesa!
Ele resmungou, mas lhe pareceu uma troca justa.
Isabelle sorriu vitoriosa e abriu a porta. Mas seus olhos custaram a acreditar no que ela viu.
– A-alexander? - ela gaguejou surpresa. - O-o que você faz aqui?
Ele entrou na casa dela e mandou:
– Pegue as suas coisas, você vem comigo.
Ela franziu a testa sem entender.
– O quê...?
– Você cogitou, realmente, a mínima hipótese de eu ser um homem que simplesmente te desonraria e te esqueceria no dia seguinte? - ele perguntou quase com uma ofensa e ultraje em sua voz. - Pegue as suas coisas que você vem para Paris comigo, e será agora.
– Alexander... Isso é loucura – ela disse tentando parecer com razão. - Seu pai vai piorar ainda mais quando souber que...
– Ótimo, quem sabe com este susto ele morre de uma vez e nem tenha tempo para mudar o testamento? - ele comentou com amargura. Mas então a expressão dele se suavizou e as mãos dele pegaram as delas. - Droga. Isabelle, eu te amo, está bem? E mesmo que eles me deserdem ou que eles me matem, eu vou ficar com você. Se necessário, renegarei ao meu título, ao meu posto e até à minha família para fugir com você.
Os olhos dela ardiam. Ela ia chorar, não de tristeza, mas de emoção.
Ele achou que ela não havia acreditado no discurso que ele passara horas repassando em sua mente enquanto procurava pela casa dela de dentro de sua carruagem. Então, em um ímpeto, ele a puxou pela cintura e tomou os seus lábios, que esperavam pelos dele como se há tempos não houvessem se beijado e ido bem além daquilo.
– Arrume suas coisas que eu lhe espero – ele murmurou.
Atordoada como estava, Isabelle concordou com a cabeça e se afastou rapidamente para se preparar para ir embora com Alexander. Ela estava atordoada – havia sido tão repentinamente! - mas ela, de algum jeito estranho, sentia que isso era o certo.
– Hm, é hoje que a casa cai – resmungou Thimoty se levantando da cadeira. - Desvirtuou a minha irmã é? Que bom que você está levando-a com você se não eu mesmo me encarregaria de ir atrás de ti no céu ou no inferno, me ouviu? - então ele suspirou cansado. - Acho que eu vou dormir um pouco... Juízo hein.
Alexander surpreendeu-se, não só com a ameça dele, quanto o descaso. Parecia que ele estava dizendo que se importava com a irmã dele e que não se importava o que aconteceria com ela dali para frente... Ele parecia uma contradição humana.
– Vamos? - ela perguntou aparecendo com rapidez.
– Aquele homem...
– Ah, tá. Thimoty, meu irmão mais velho. Eu sei, ele é confuso. Nem tente compreender o que se passa na cabeça dele – ela suspirou.
Ele a ajudou à colocar suas coisas, que eram bem poucas, na carruagem e suspirou feliz quando enfim tudo parecia estar em seu devido lugar. Mesmo assim, ela perguntou:
– Alexander... E se seus pais não me aceitarem?
– Fugimos – a resposta foi simples.
– Para onde iremos? - perguntou.
Ele olhou para ela e sorriu.
– Tanto faz. Sabe, portanto que eu esteja com você, eu poderia ir até o céu ou até o inferno e eu nem me importaria – ele pegou a mão dela. - Hm, mas dependendo da estação do ano... Bem, se isso acontecesse em uma primavera, eu recomendaria a Itália. É bonito por lá. Se acontecesse no Inverno... Sei que podemos evitar a Rússia. Se acontecesse no outono, poderíamos ir para a Inglaterra... Se acontecesse no verão... Podemos ficar por uma cidadezinha no interior aqui da França.
– Você tem tudo sempre bem articulado assim? - ela perguntou com curiosidade.
Ele riu.
– Não. Com certeza você não fazia parte dos meus planos. Mas, o segredo, é não reclamar pelas coisas imprevistas e sim decidir o que fazer com elas.
Isabelle sorriu e ele retribuiu puxando-a para um beijo.
– Parece que o último prazer, foi só o começo – ele sussurrou contra os lábios dela.

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