The Witcher 3: Wild Hunt - O maior fim de todos os tempos

Foi para a surpresa de todos que, ontem mesmo, a CD Projekt Red anunciou The Witcher 3: Wild Hunt, o terceiro capítulo de uma das maiores séries de RPG contemporâneas. E, para a tristeza de todos, esse episódio também será o último da saga de Geralt of Rivia, colocando-o frente a frente com seus maiores inimigos para recuperar sua amada Yennefer.
O protagonista não está mais assombrado pela amnésia que tomava conta dele nos dois primeiros games da série. E agora, parte com tudo para cima dos Wild Hunt, contando com a ajuda de velhos companheiros e encontrando novos parceiros ao longo de uma jornada. Tudo isso acontece em um mundo gigantesco e com todos os seus aspectos sob o controle total do jogador.

O retorno das memórias de Geralt permitiu que uma história muito mais pessoal e intimista fosse criada. Ele modificou a história de reinos e regiões do mundo, mas pode parar de fazer isso caso você deseje. No título, o destino de todos está em suas mãos e cabe a você escolher o que – e como – fazer.

Maior do que a vida

The Witcher 3: Wild Hunt é um projeto ambicioso, talvez o maior já realizado pela CD Projekt Red. De acordo com Adam Badowski, o diretor do estúdio e principal nome por trás da empreitada, o game vai apresentar um mundo cerca de 20% maior que o encontrado em The Elder Scrolls V: Skyrim, a atual referência quando o assunto é RPG de mundo aberto.
Para que isso pudesse ser realizado, a equipe de desenvolvimento teve de dobrar de tamanho em relação à do título anterior. Mudanças na REDengine também tiveram de ser realizadas, de forma a comportar muito mais dados prontos para serem acessados ao mesmo tempo, sem que os gráficos sofressem uma redução.

Pelo contrário, as imagens divulgadas até agora mostram o game ainda funcionando nos sistemas atuais e a desenvolvedora promete mais, muito mais.

O resultado disso é um game praticamente sem loadings, no qual o jogador pode levar Geralt de um lado a outro do mundo sem interrupções artificiais como o fim de um capítulo ou a tela de início de uma missão. São centenas e centenas de páginas de roteiro e um cuidado no design do mundo para que o personagem sempre tenha um ponto de interesse ao alcance da visão.
Combates se tornaram mais dinâmicos e com ecos dos games de ação da atualidade, enquanto a câmera trabalha sozinha para manter os inimigos sempre à vista. As cenas de batalha se tornaram mais rápidas, com Geralt sendo capaz de executar mais movimentos ou interrompê-los, de forma a não punir os jogadores que executarem decisões erradas de luta. Essa questão foi uma das principais críticas aos títulos anteriores.

Estratégias de batalha também foram adicionadas à fórmula. Agora, é possível fugir de um local de combate e atrair os inimigos para uma armadilha com monstros ou aliados. Ou então, correr ao se ver cercado ou dar de cara com uma tropa hostil que está atrás de você desde algum incidente da trama secundária. Tudo depende de suas ações.

Escolhas que definem

Apesar de todas as inovações técnicas, visuais e de jogabilidade, o aspecto inédito com o qual a desenvolvedora parece estar mais empolgada é o sistema de escolhas de The Witcher 3: Wild Hunt. Foi ele que representou, também, o maior desafio para a CD Projekt Red: afinal, como criar um mundo vivo, vasto e, acima de tudo, livre, sem perder as estribeiras da trama?
Isso é feito por meio de três níveis de narrativa. No primeiro, estão as quests secundárias e micro-histórias de NPCs. Acima, a saga política dos reinos visitados por Geralt, com tramas que se desenvolvem individualmente em cada uma das regiões visitadas pelo jogador. E, por último, a saga do próprio protagonista, em busca de seus entes queridos e no combate final contra os Wild Hunt.

Caso prefira, o jogador pode abandonar um dos segmentos da história e seguir para outro. Essas escolhas, porém, têm efeito na narrativa e podem modificar os rumos da história ou a relação de Geralt com os personagens que ele encontra mais à frente. Aliados ou inimigos, por exemplo, podem ser criados de acordo com sua participação (ou não) em um determinado evento e modificarão suas chances de seguir em frente na trama central.

Você pode seguir apenas a campanha principal se quiser. Ou se aventurar por missões secundárias e até mesmo manipular a economia do mundo de The Witcher 3, executando objetivos que alteram preços de artigos ou controlando o fornecimento de materiais pelo assassinato ou opressão de fornecedores.

Outra grande mudança será sentida pelos apreciadores do erotismo em video games. Como o jogo trata da derradeira busca de Geralt por sua amada, os encontros sexuais devem diminuir bastante, sendo tratados com mais seriedade. Para a produtora, o protagonista não está mais em busca de aventuras, e sim disposto a concluir sua história. O romantismo, porém, ainda faz parte da equação geral do título.

Sistemas incógnitos

 As plataformas para as quais The Witcher 3: Wild Hunt será lançado ainda são um mistério. A CD Projekt Red promete lançar o título nos sistemas de “última geração”, uma indicação de que o game pode chegar apenas para a próxima leva de consoles ou, então, ter um lançamento combinado nesta e na seguinte era de video games.

O lançamento está marcado para o ano que vem e, se você é fã de RPGs grandiosos, talvez seja a hora de pensar de verdade em gastar suas economias no upgrade do seu PC ou em um dispositivo de ponta.

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