Agora é inverno
e no mundo uma só cor;
o som do vento.
Matsuo Bashô
Ardendo de amor, as cigarras
Cantam : mais belos porém são
os pirilampos, cujo mudo amor
lhes queima o corpo! (Canções de Camponeses do Japão)
Tradução de Herberto Helder
Estou tão só
Meu corpo é uma erva que flutua
Segadas suas raízes.
Se a água me seduzisse
eu sei que a seguiria.
Ono no Komachi
Meu corpo é uma erva que flutua
Segadas suas raízes.
Se a água me seduzisse
eu sei que a seguiria.
Ono no Komachi
Nesta noite sem lua
não poderemos nos encontrar.
A saudade me desperta
meu peito bate inflamado
e o fogo consome o meu coração.
Ono no Komachi
não poderemos nos encontrar.
A saudade me desperta
meu peito bate inflamado
e o fogo consome o meu coração.
Ono no Komachi
Como que levada
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo.
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo.
Matsuo Bashô
Em contemplação
Da chuva insistente
Que cai sobre o chão
Também o meu íntimo
Peito empalidece
Perante a imperceptível
Cor da Primavera.
Ono no Komachi
Da chuva insistente
Que cai sobre o chão
Também o meu íntimo
Peito empalidece
Perante a imperceptível
Cor da Primavera.
Ono no Komachi
Hana no iro wa
Utsuri ni keri na
Itazura ni
Waga mi yo ni furu
Nagame seshi ma ni.
As cores das flores lavadas foram
pela inclemência das águas de uma monção
Meus encantos, a febre da narcisista paixão
algum dia me pintaram, mas hoje também declínio estão
ambos floresceram, ambos em vão.
Poema/ Tanka
Autor: Ono No Komachi ( 834-880 D.C.)
Utsuri ni keri na
Itazura ni
Waga mi yo ni furu
Nagame seshi ma ni.
As cores das flores lavadas foram
pela inclemência das águas de uma monção
Meus encantos, a febre da narcisista paixão
algum dia me pintaram, mas hoje também declínio estão
ambos floresceram, ambos em vão.
Poema/ Tanka
Autor: Ono No Komachi ( 834-880 D.C.)
Como que levada
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo.
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo.
Matsuo Bashô
Relvas de verão
sob as quais os guerreiros
sonham.
sob as quais os guerreiros
sonham.
Matsuo Bashô
Um pássaro também canta sutras de salvação
enchendo a floresta de músicas maravilhosas:
as flores da árvore são como bodisattvas
à volta de um pequeno pássaro Buda.
(Ikkyu Sojun)
enchendo a floresta de músicas maravilhosas:
as flores da árvore são como bodisattvas
à volta de um pequeno pássaro Buda.
(Ikkyu Sojun)
Não há aqui algas,
Neste braço de mar.
Será que não o sabe este pescador
Que insiste, em vão, em cansar as pernas?
Ono no Komachi
Quando o meu desejo
se torna intenso de mais,
visto a roupa de dormir
virada pelo avesso,
escura casca da noite.
Ono no Komachi
se torna intenso de mais,
visto a roupa de dormir
virada pelo avesso,
escura casca da noite.
Ono no Komachi
Agora que chega
O Inverno da vida,
de cor esmaecido
é o teu afecto,
Qual folhagem derruída
Por chuva tardia de Outono.
-----
É amargo ver
o vento de Outono
nas espigas de arroz.
Temo que já não terei
Mais colheitas a fazer.
Ono no Komachi
(Versão de Manuel Anastácio de dois poemas de Ono no Komachi,
a partir de traduções de Helen Craig McCullough)
O Inverno da vida,
de cor esmaecido
é o teu afecto,
Qual folhagem derruída
Por chuva tardia de Outono.
-----
É amargo ver
o vento de Outono
nas espigas de arroz.
Temo que já não terei
Mais colheitas a fazer.
Ono no Komachi
(Versão de Manuel Anastácio de dois poemas de Ono no Komachi,
a partir de traduções de Helen Craig McCullough)
Esta noite de outono
Foi longa apenas em conceito.
Nada mais fizémos
Que nos olharmos em silêncio
E logo veio a madrugada.
Foi longa apenas em conceito.
Nada mais fizémos
Que nos olharmos em silêncio
E logo veio a madrugada.
TA ai alguns poemas japoneses depois eu posto mais
-->Ero Sennin