Seguir um caminho diferente do inicial para chegar ao mesmo lugar é válido?


Em alguns casos, empresas começam a produção de jogos com uma ideia em mente, mas, com o avanço da produção, o game acaba se tornando algo diferente daquele projeto inicial. Fuse é um bom exemplo disso.
O jogo começou sua vida se chamando Overstrike, um shooter com visual levemente caricato e muito bom humor em que os jogadores ficavam no comando de um grupo de mercenários em um frenético shooter em terceira pessoa.
O tempo passou e Overstrike virou Fuse. Mudanças foram feitas e agora a Insomniac Games exibiu o novo game para um grupo de jornalistas testarem. Será que as mudanças ficaram apenas no nome ou o título se tornou algo completamente diferente?
Caras legais não olham para explosões
Um dos pontos que mais chamou a atenção no trailer de anúncio do então intitulado Overstrike era o seu bom humor. Os personagens pareciam ter personalidade, se divertindo com o trabalho e tratando um dia de tiroteios e combates contra um robô assassino como se fosse a coisa mais comum do mundo. O visual meio “Team Fortress 2” reforçava ainda mais essa sensação.
Fuse parece que perdeu esse espírito depois que teve o seu visual e o estilo de humor alterados. Agora, em vez de um jogo fanfarrão, com personagens fazendo piadinhas em um tom meio de desenho animado, vemos personagens mais realistas, cenários mais sóbrios (ainda que exóticos) e um senso de humor mais seco, sarcástico.
Isso muda muito o que o jogo tem para oferecer? Um pouco, já que, à primeira vista, Fuse passou de um jogo “interessante” para um jogo “genérico”. Ele não tem mais aquele tom de novidade, sendo apenas mais um shooter em terceira pessoa. Overstrike virar Fuse é, basicamente, o que aconteceria se Borderlands tivesse virado um FPS comum, com tudo muito cinza e igual a tudo o que você vê aos montes todos os anos.
Isso incomoda, pelo menos, até ser possível colocar as mãos nele.

Você vai ter a sensação de que já viu isso antes
Pelo fato de Fuse parecer tão genérico, é impossível não compará-lo às dezenas de jogos do mesmo estilo. Geralmente, você vê soldados fortes e mulheres com grandes metralhadoras — mas curvas dignas de supermodelos — atirando como se não houvesse amanhã em uma legião de inimigos genéricos que povoam a tela da sua TV.
Por causa disso, por mais que a história de Fuse possa parecer interessante (falamos um pouco mais sobre ela aqui), comparações com jogos como Spec Ops: The LineGears of War e até mesmo Borderlands, pelo seu estilo mais fantástico e suposta ênfase no modo cooperativo são  nevitáveis.
Segundo o site VG24/7, a sensação que o jogo passa é que não é uma propriedade nova da Electronic Arts, mas apenas mais um jogo qualquer. Lembram-se de como todos se sentiram quando o primeiro Gears of War foi lançado? Hoje em dia ele se assemelha à expressão “carne de vaca” (todo mundo sabe como é e qual é o gosto), mas, na época, ele parecia algo novo. O mesmo aconteceu com o já citado Borderlands.
Fuse parece que perdeu isso quando resolveu se tornar mais sério, tentando agradar a um público que não pretende apostar em algo novo. Talvez isso tenha sido feito para tentar gerar uma franquia. Se vai dar certo ou não, saberemos apenas quando o jogo chegar às lojas.
Será que todo esse esforço será o suficiente?
Fuse terá um grande desafio quando for lançado, principalmente para tentar chamar a atenção  o público geral. Os fãs do gênero de tiro em terceira pessoa devem estar alerta e,  provavelmente, darão uma chance ao título.
O problema é que, por estar tão parecido com tudo que já foi lançado, o game pode acabar passando despercebido perante o grande público gamer. Fica a dúvida se o jogo conseguirá se destacar ou se será apenas mais uma tentativa cheia de boas intenções que morrerá na praia.
Fuse será lançado em fevereiro de 2013, para Xbox 360 e PlayStation 3.
---------------->Yo-chan




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