Killzone - A idade chega para todos


Embora Killzone 2 e 3 tenham sido enormes sucessos no PlayStation 3, nem todo mundo teve a oportunidade de conferir o primeiro game da série. Não apenas pelo fato de a franquia ter deslanchado somente na atual geração, mas pelos FPSs terem alcançado o status e a forma que conhecemos hoje há pouco tempo.
É por isso que a Sony e a Guerrilla decidiram dar uma segunda chance aos jogadores que se engajaram na batalha contra os Helghasts, mas não conseguiram entrar nessa guerra logo de início. Por isso, se você perdeu o jogo lançado no PS2 em 2004, Killzone HD pode ser a ótima forma de conhecer o começo da batalha. Mas será que o visual atualizado é o suficiente para compensar a evolução sofrida no gênero?
Conflito de gerações
Aparentemente, não. Por mais que a parte visual realmente tenha melhorado consideravelmente nessa mudança de plataforma, é impossível não perceber como os anos que separam o lançamento original de sua versão em HD atrapalham.
Tecnicamente, Killzone HD traz grandes avanços. Como seu programador sênior, Frank Compagner, explica, muito conteúdo teve de ser recriado para receber a nova resolução, como é o caso das texturas. A maior memória oferecida pelo PS3 também permitiu que a produtora usasse mais filtros e deixasse tudo a uma taxa de quadros por segundo estável.
Porém, uma remasterização deve se resumir apenas a melhorias gráficas ou a experiência também deve ser atualizada? É exatamente aí que a Guerrilla parece errar, uma vez que ela se limita apenas a oferecer o mesmo jogo de oito anos atrás sem se preocupar em adaptar sua jogabilidade aos novos tempos.
O site IGN teve acesso a uma demonstração de Killzone HD e aponta exatamente essa mecânica datada como o principal problema do game. E a causa para isso é bem simples: nos acostumamos à nova dinâmica que os FPSs modernos oferecem e é um choque muito grande ter de voltar ao formato anterior.
A primeira grande diferença — e uma das cruciais — apontada pelo site são os próprios controles. Enquanto a utilização dos gatilhos já se tornou algo extremamente intuitivo para muita gente, a estreia do primeiro Killzone na atual geração ainda exige que você pressione o botão R3 para poder mirar e repetir a ação para voltar a andar. Tem algo mais arcaico que isso?
Ainda que seja possível alterar a configuração dos comandos e deixá-los mais próximos dos quais usamos nos títulos atuais, não há como não se incomodar com o formato pouco prático. E isso é apenas um exemplo de como a Guerrilla não se preocupou em atualizar o game em um aspecto muito mais importante.
Como o site destaca, Killzone HD fica muito aquém de suas sequências não apenas na jogabilidade, mas na própria parte tecnológica. A movimentação do personagem ainda é pesada e a animação de aliados e inimigos é desengonçada, deixando bem clara a diferença existente entre o que o PS2 e o PS2 são capazes de fazer.

No fim das contas, isso só deixa claro que a produtora seguiu a terrível tendência das remasterizações em que a única preocupação está em ampliar a resolução e deixar o título mais bonito em sua TV, esquecendo-se de que a forma com que jogamos também mudou e precisa ser adaptada. Levando em consideração que o game será lançado já na próxima semana, é provável que tenhamos pouquíssimos avanços em relação ao que foi mostrado — o que pode fazer com que a tentativa de resgatar o início da guerra contra os Helghasts se transforme em uma mancha no sucesso que veio em seguida.
------------>Yo-chan


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