Análise: Bloodrayne Betrayal

O game de hoje é um dos clássicos, a revitalização de uma franquia que nunca foi bem falada: Bloodrayne. A dhampyr (vocabulário do game que significa meio humana, meio vampira) ruiva que enfrenta outros vampiros para ajudar a humanidade não tinha muita fama no PS2. Os games da franquia sempre foram acusados de pouca qualidade e, no cinema, a fama piorou ainda mais com as adaptações de Uwe Boll. Rayne volta para mudar completamente esse cenário com um game em 2D digno para os gamers das antigas. Vamos analisar o que essa verdadeira vampira tem para nos mostrar!


Criadora: WayForward
Distribuidora: Majesco
Ano: 2011
Jogadores: 1
Mídia: Apenas por download
Plataformas: PS3 e XBOX 360
Gênero: Plataforma, hack’n slash

Um Conto de Vampiros

O enredo de Betrayal não esclarece muito e nem entra em detalhes. Não fica claro se é um game anterior ou uma sequência de algum dos dois títulos para PS2 ou se acontece no período entre os dois. Tudo que se sabe é que um grupo de caçadores de vampiros, Brimstone Society, está tendo um problema com as criaturas noturnas e chamam a estonteante Rayne para dar cabo do que eles não conseguem. Ao desenrolar do game, você descobre que um velho conhecido de Rayne aparentemente esta por trás de tudo isso e ela deve pará-lo para evitar que seu plano tenha sucesso.
O enredo, aparentemente, não é o forte do game, até porque ele te ocupa demais com outras coisas. É bem simples e quase um clichê para os dias de hoje, um ponto fraco sim, mas para um game como esse é até que perdoável e vocês entenderão a razão.


Castlevania + Bloodrayne = DESAFIO IMPIEDOSO!

Os nossos leitores que tiveram a oportunidade de jogar Castlevania e Castlevania III Dracula’s Curse, ambos do NES (a.k.a nintendinho), seja na época do console ou em um emulador, devem ter noção da dificuldade exaustiva que os games proporcionavam. O pessoal da WayForwardretirou esse trunfo de Castlevania e colocaram algumas coisas novas, tiraram uns defeitos e colocaram Rayne ao invés de um Belmont, pronto, nasceu Betrayal.
A comparação é impossível de não ser feita, mas isso não quer dizer que Bloodrayne Betrayal fica apenas à sombra de sua inspiração. O game é tão impiedoso quanto um da época clássica dos vídeo games. É um 2D plataforma hack’n slash, Rayne conta com suas espadas clássicas que ficam presas em seus braços e com seu revolver como arma secundária para ataques de longa distância. Essa arma de fogo não tem tiros infinitos como a Ebony & Ivory de Dante da série Devil May Cry, seu único jeito de repor os projéteis é esperar que um inimigo deixe cair um deles.
Ao longo do seu progresso no game, ele vai revelando sua verdadeira cara e vai depender da sua habilidade nos controles para saber se vai gostar desta face ou não. Impiedoso como um game das antigas, Betrayal pode ser um perda de tempo (e dinheiro) para os gamers mais novos. A cada capítulo, o número de inimigos aumenta, assim como sua variedade, te obrigando a combinar, às vezes, cinco estratégias diferentes para quase quinze inimigos na tela, sem mencionar a luta contra chefes. Fora isso, o game mistura habilidades de movimento e puzzles de cenário onde um apertar errado de botão pode custar sua vida. Além de tudo isso, mesmo se você terminar o game, ele incentiva outras jogatinas, pois achar todas as caveiras vermelhas e destrancar os troféus/conquistas do game não será feito em apenas uma rodada.

A Beleza da Ruiva do Vermelho

Não se enganBetrayal não é apenas sobre castigar os jogadores. O game é incrivelmente bem feito, o desenho dos personagens e cenários é de encher os olhos, Rayne ficou muito bem em um estilo anime. O design das fases também lembra muito Castlevania, pelo fato do game se passar, em grande parte, em um castelo.
e, 
A trilha sonora não deixa a desejar também, misturando um Heavy Metal com aquele estilo fúnebre de piano de, adivinhem, Castlevania, o game consegue ser ainda melhor e deixar a experiência ainda mais envolvente.



Um aspecto ruim de Betrayal, que eu esperava que tivessem mudado, é a dublagem: não existe nenhuma. Os poucos diálogos do game aparecem apenas como textos em balões, os personagens não falam uma palavra sequer. Uma pena!
 O Vampirismo Em Suas Origens.
Bloodrayne Betrayal é um ótimo game. Se você é do grupo de pessoas que não gostou dos games de PS2 nem dos filmes, entendo e respeito sua opinião, mas faça um favor à si mesmo e NÃO seja preconceituoso com este game, pois valerá cada centavo investido. Recomendo tanto para os jogadores hardcore, quanto para os mais casuais, pois está na hora de vocês também se aventurarem no lado negro dos vídeo games. O game está disponível nas redes online do Playstation 3 e do XBOX 360.

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